SAUDE DIETAS

Abaixo coloquei  informações que achei importantes  para todos sabermos...

FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA
Profª Luciene
DIETAS HOSPITALARES


MODIFICAÇÕES DA DIETA QUANTO AOS CONSTITUINTES / NUTRIENTES
Além da modificação da consistência, as dietas hospitalares podem apresentar restrição ou
adição de nutrientes específicos, de acordo com a patologia a qual se destinam.
Dietas restritas em um nutriente específico, geralmente recebem o prefixo HIPO precedido
do constituinte restrito. Ex: Dieta hipossódica, hipoprotéica, hipocalórica, etc. As dietas com aumento
de um constituinte específico recebem o prefixo HIPER. Ex.: Hipercalórica, hiperproteica, etc.
Na prescrição de dietas hospitalares é comum a associação de modificações de consistência
+ modificações de constituintes. Ex.: Dieta Pastosa Hipossódica, Dieta Leve Hipogordurosa, etc.
DIETA LAXATIVA
Dieta rica em fibras ou substâncias com efeito laxativo. Tem como objetivo aumentar o
volume fecal e estimular o peristaltismo intestinal, favorecendo a eliminação das fezes.
Indicação: utilizada para pacientes com obstipação intestinal (‘intestino preso’) e períodos pósoperatórios
(quando o paciente não deve ‘fazer força’ para evacuar).
Alimentos Indicados:
- frutas com casca e bagaço
- verduras cruas e cozidas
- cereais integrais (pão, arroz, macarrão, etc)
- ameixa preta seca
Fisiopatologia e Dietoterapia I
Profª Luciene de Oliveira
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- mamão
- farelos de cereais (farelo de trigo, aveia, etc)
- sementes de linhaça
- leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, etc)
- aumento do consumo de líquidos
Dependendo da consistência da dieta, a suplementação de fibras pode ser necessária. E
sempre que possível, estimular a deambulação (deambular = andar) do paciente.
DIETA OBSTIPANTE
Denominada também de dieta Pobre em Resíduos ou Sem Resíduos. Trata-se de uma
dieta pobre em excitantes químicos e mecânicos presentes nos alimentos. Seu objetivo é proporcionar a
formação de um menor volume fecal e reduzir o peristaltismo intestinal. Para isso, é necessário
restringir alimentos ricos em fibras (estímulo mecânico), sacarose (devido a fermentação) e lactose
(permanência prolongada no intestino- fermentação e crescimento bacteriano).
Indicação: utilizada para pacientes com diarréia, em casos de obstrução do trato intestinal ou preparo de
cólon para exame e/ou cirurgias.
Alimentos que devem ser evitados:
- leguminosas, (grãos)
- verduras folhosas
- leite e derivados
- doces
- alimentos integrais (pães, bolachas, etc)
- legumes com casca e sementes
- frutas cruas
Em casos de diarréia, a ingestão de líquidos deve ser aumentada, e podem ser utilizados
módulos de fibras solúveis (prébioticos) e/ou lactobacilos (probióticos) para regularização da função
intestinal.
DIETA HIPOSSÓDICA
Caracterizada pela restrição de alimentos fonte de sódio e/ou do sódio obtido através do sal
de adição (cloreto de sódio - NaCl). As recomendações para o consumo de sal, giram em torno de 6
g/dia, porém estudos mostraram que o brasileiro consome o dobro desta quantidade (10 a 12 g/dia).
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Geralmente nos hospitais, as refeições da dieta hipossódica são preparadas isentas de sal
(sódio intrínseco) e os pacientes recebem 2 g de sal/dia (1g almoço, 1g no jantar).
Indicação: utilizada para pacientes com Hipertensão Arterial (pressão alta) e patologias que ocasionem
retenção de líquidos corporais (cardiopatias, nefropatias e cirrose hepática com ascite).
Alimentos que devem ser evitados:
- conservas: azeitonas, palmito, picles, etc;
- enlatados: ervilha, milho, sardinha, molho de tomate, etc;
- temperos prontos: caldos em cubo, glutamato monossódico, etc;
- molhos prontos: catchup, mostarda, maionese, shoyu, molho inglês, etc;
- sopas industrializadas: inclusive macarrão instantâneo;
- frios e embutidos: mortadela, presunto, salame, lingüiça, salsicha, etc;
- carnes processadas: carne seca, bacalhau, hambúrguer, NuggetsÒ, bacon, etc;
- queijos amarelos: mussarela, prato, provolone, parmesão, etc.
DIETA HIPOGORDUROSA
Dieta com restrição de gordura. Os alimentos são preparados sem adição de qualquer tipo
de óleo ou gordura, e os alimentos gordurosos são excluídos do cardápio. Seu objetivo é proporcionar
repouso aos órgãos envolvidos na digestão das gorduras, como a vesícula biliar, o fígado e o pâncreas.
Indicações: utilizada em casos de pancreatite (inflamação do pâncreas), colecistite (‘pedra na vesícula’),
coledocolitíase (‘pedra no canal do pâncreas’) e alguns casos de hepatopatias (doenças do fígado) com
esteatorréia (gordura nas fezes).
Alimentos que devem ser evitados:
- óleos vegetais
- frituras
- leite integral e queijos amarelos
- creme de leite, chantilly, chocolate
- frios e embutidos
- carnes gordas, pele de frango
- manteiga e margarina
- oleaginosas e abacate
- biscoitos recheados e amanteigados
Alimentos permitidos:
- queijo branco light
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- leite e iogurte desnatado
- carnes magras
- preparações assadas, cozidas, grelhadas
- frutas, verduras, legumes, carboidratos em geral – preparados sem óleo de adição.
DIETA HIPOPROTÉICA
A quantidade de proteínas indicada para um adulto saudável varia de 0,8 a 1,0
g/Kg/peso/dia. Em patologias onde ocorra acúmulo de substâncias nitrogenadas no sangue (uréia,
creatinina, amônia), é necessário restringir a oferta protéica da dieta, a fim de se restabelecer o equilíbrio
orgânico.
A restrição protéica pode variar de 0,5 a 0,7 g de proteína por Kg de peso. Deve –se dar
preferência a fontes de proteína de origem animal (PAVB – proteína de alto valor biológico), a fim de
fornecer ao paciente os aminoácidos essenciais.
Indicações: pacientes com insuficiência renal em tratamento conservador (não dialítico) e insuficiência
hepática.
Alimentos restritos:
- leite, queijos e iogurtes
- carnes de qualquer tipo
- ovos
- leguminosas
- frios e embutidos
DIETA HIPERPROTEICA e HIPERCALÒRICA
Dieta com oferta elevada de proteínas (PAVB) e calorias. É indicada em situações de
desequilíbrio orgânico que levem ao aumento do metabolismo, como: desnutrição, queimaduras graves,
cirurgias, infecções, etc. A oferta protéica pode variar de 1,2 a 2,0 g de proteína /Kg de peso/dia, de
acordo com a patologia e necessidades do paciente.
Alimentos Indicados:
- Fontes protéicas: aumentar porções de leite e derivados, carnes, ovos e leguminosas;
- Fontes calóricas: massas, doces, carboidratos em geral, oleaginosas, abacate, azeite, etc.
Dependendo das necessidades do paciente, pode ser necessário uso de suplementos alimentares
calóricos/ protéicos (Resource PlusÒ, NutridrinkÒ, FortiniÒ, Nutren ActiveÒ, SustagemÒ, SustainÒ,
etc).
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DIETA HIPOCALÊMICA
É a dieta com restrição de potássio (símbolo químico do potássio = K+). O potássio é um
mineral encontrado em frutas, verduras, legumes e leguminosas. Participa dos processos de contração
muscular e ritmo cardíaco.
Alterações renais impedem a excreção de potássio na urina e seu acúmulo no sangue pode
levar (hipercalemia ou hiperpotassemia) , aumenta o risco de arritmias cardíacas (ritmos cardíacos anormais)
que podem levar a parada cardíaca.
Para reduzir os níveis de potássio, os alimentos devem ser cozidos em grande quantidade de
água e esta desprezada, mas alguns alimentos podem ser consumidos crus, devido ao baixo teor de
potássio.
Indicação: pacientes com Insuficiência Renal.
Alimentos restritos (alto teor de potássio):
- Frutas: banana nanica, banana prata, laranja pêra, mamão, uva, melão, mexerica, carambola, abacate, kiwi,
goiaba, água de coco, frutas secas.
- Verduras e legumes: acelga, couve, beterraba.
- Leguminosas: feijão, lentilha, soja.
- Outros alimentos: oleaginosas (amendoim, castanha, nozes), chocolate, caldo de cana, farelo de trigo, coco
ralado, cogumelo, broto de bambu, tomate seco.
Alimentos permitidos:
- Frutas: laranja lima, banana-maçã, abacaxi, morangos, manga, melancia, pêssego, pêra, maçã, acerola,
caqui, jabuticaba.
- Verduras e legumes: alface, agrião, pepino, repolho, pimentão, tomate fresco, cenoura, escarola.
- Cozinhar em água e desprezar a água do cozimento: couve-flor, espinafre, berinjela, vagem, quiabo,
brócolis, abobrinha, batata, mandioquinha e abóbora.
Além dessas, existem muitas outras dietas terapêuticas, que podem ser enriquecidas ou
restritas em nutrientes específicos, de acordo com a patologia a que se destinam, como por exemplo:
dieta rica em Ferro (Anemia), dieta rica em Cálcio (Osteoporose), dieta pobre em vitamina K (Uso de
anticoagulantes), dieta rica em vitamina A, B, C..., dieta pobre em cálcio, dieta rica em fósforo, dieta
pobre em fósforo, dieta hipercalemia, etc.

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